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Title: QUAL A RELAÇÃO ENTRE HPV E O CÂNCER DO COLO DO ÚTERO?
Author: LAB SANTA CLARA
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  Em 1949, tivemos registros da associação do vírus HPV com o câncer de colo de útero. Isso ocorreu quando o patologista George Papanicolaou...


 


Em 1949, tivemos registros da associação do vírus HPV com o câncer de colo de útero. Isso ocorreu quando o patologista George Papanicolaou introduziu o exame mais difundido no mundo para detectar a doença: a colpocitologia, que ficou conhecida como exame Papanicolaou. Esse exame permitiu identificar mulheres com alterações celulares pré-malignas, possibilitando observar uma associação das alterações nas células do colo do útero com o desenvolvimento do câncer.

Na década de 1970, os estudos sobre a doença avançaram consideravelmente. Constatou-se a presença de um agente etiológico de transmissão sexual. Harold zur Hausen, um infectologista alemão, descobriu que o Papiloma Vírus Humano (HPV) poderia ser esse agente, estabelecendo assim a relação do vírus com as verrugas e os condilomas. Somente anos mais tarde, o HPV foi relacionado com o desenvolvimento do carcinoma de colo de útero.

 

HPV

A infecção pelo HPV é considerada uma das mais comuns do trato genital.

O HPV é um vírus que tem afinidade por mucosas e pele. A contaminação ocorre pelo contato sexual, não sendo necessária a penetração. Dessa maneira, contato, pele com pele, é suficiente para que o vírus seja transmitido.

Existem muitos tipos de HPV, mas a maioria deles não causa problemas. As infecções geralmente desaparecem em menos de dois anos, sem ser necessário nenhum tipo de tratamento. Porém, uma pequena proporção de infecções com alguns tipos específicos de HPV pode persistir e progredir para um câncer.  

 

Câncer de colo do útero

Embora, na maioria das vezes, o nosso próprio organismo seja capaz de combater o vírus, existe o risco de que a infecção se torne crônica e lesões pré-cancerosas evoluam para um câncer invasivo do colo do útero.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde, para o desenvolvimento do câncer do colo do útero em mulheres com sistema imunológico normal, são necessários de 15 a 20 anos. Já em mulheres com sistema imunológico debilitado, que apresentam o vírus HIV e sem tratamento, o desenvolvimento do câncer pode levar de 5 a 10 anos. Porém qualquer condição de baixa da imunidade pode levar ao desenvolvimento da infecção.

Com aproximadamente 570 mil casos novos por ano no mundo, o câncer do colo do útero é o quarto tipo de câncer mais comum entre as mulheres. Ele é responsável por 311 mil óbitos por ano, sendo a quarta causa mais frequente de morte por câncer em mulheres, segundo dados desse ano do Instituto Nacional do Câncer (INCA, 2021).

 

Prevenção

A orientação da OMS é que a prevenção seja um conjunto de ações, que inclui intervenções ao longo da vida. A vacinação contra o HPV entre meninas com idade entre 9 e 13 anos, antes de se tornarem sexualmente ativas, é uma das primeiras ações a se efetivar.  

Além disso, é importante, não só para as meninas, mas para os meninos também, a educação sobre práticas sexuais seguras, incluindo a vacinação.

Outro fator importante que aumenta o risco para o câncer de colo de útero e outros cânceres é o uso do tabaco. Fatores, como alcoolismo e tabagismo, também aumentam o risco para o câncer de colo uterino, assim como para outros tipos de câncer.

O desenvolvimento desse tipo de câncer é lento e gradual, de modo que as alterações de potencial maligno podem ser detectadas precocemente por meio do exame preventivo. O exame de Papanicolau é o método de escolha para o rastreamento do câncer de colo útero e deve ser feito, no mínimo, a cada dois anos. O exame consiste na coleta de material do colo do útero para análise microscópica das células e identificação de lesões neoplásicas ou pré- neoplásicas.

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